o futebol
O futebol,[1] (do inglês association football ou simplesmente football) é um desportode equipe jogado entre dois times de 11 jogadores cada um e um árbitro que se ocupa da correta aplicação das normas. É considerado o desporto mais popular do mundo, pois cerca de 270 milhões de pessoas participam das suas várias competições.[2] É jogado num campo retangular gramado, com um gol em cada lado do campo. O objetivo do jogo é deslocar uma bola através do campo para colocá-la dentro do gol adversário, ação que se denomina golo (português europeu) ou gol (português brasileiro). A equipe que marca mais gols ao término da partida é a vencedora.[3]
O jogo moderno foi criado na Inglaterra com a formação da Football Association, cujasregras de 1863 são a base do desporto na atualidade. O órgão regente do futebol é aFédération Internationale de Football Association, mais conhecida pela sigla FIFA. A principal competição internacional de futebol é a Copa do Mundo FIFA, realizada a cada quatro anos. Este evento é o mais famoso e com maior quantidade de espectadores do mundo, o dobro da audiência dos Jogos Olímpicos.[4]
origens
O futebol,[1] (do inglês association football ou simplesmente football) é um desportode equipe jogado entre dois times de 11 jogadores cada um e um árbitro que se ocupa da correta aplicação das normas. É considerado o desporto mais popular do mundo, pois cerca de 270 milhões de pessoas participam das suas várias competições.[2] É jogado num campo retangular gramado, com um gol em cada lado do campo. O objetivo do jogo é deslocar uma bola através do campo para colocá-la dentro do gol adversário, ação que se denomina golo (português europeu) ou gol (português brasileiro). A equipe que marca mais gols ao término da partida é a vencedora.[3]
O jogo moderno foi criado na Inglaterra com a formação da Football Association, cujasregras de 1863 são a base do desporto na atualidade. O órgão regente do futebol é aFédération Internationale de Football Association, mais conhecida pela sigla FIFA. A principal competição internacional de futebol é a Copa do Mundo FIFA, realizada a cada quatro anos. Este evento é o mais famoso e com maior quantidade de espectadores do mundo, o dobro da audiência dos Jogos Olímpicos.[4]
unificação do secúlo xix
Os clubes britânicos se dividiram em relação ao jogo denominado rúgbi, e enquanto vários decidiram segui-lo, outros decidiram rejeitá-lo, devido ao fato que nestes a prática de não tocar a bola com a mão era mais aceita. Entre estes últimos se encontravam os clubes de Eton,Harrow, Winchester, Charterhouse e Westminster.[17] Em meados do século XIX foram dados os primeiros passos para unificar todos as regras e formas de jogo do futebol em um único desporto. A primeira tentativa foi em 1848, quando na Universidade de Cambridge, Henry de Winton e John Charles Thring convocaram membros de outras escolas para regulamentar um código de regras, o Código Cambridge, também conhecido como as Regras de Cambridge.[18] As regras tinham uma semelhança significativa com relação as regras do futebol atual. Talvez o mais importante de todos foi a limitação das mãos para tocar a bola, passando a responsabilidade de mover a mesma aospés. O objetivo do jogo era fazer passar uma bola entre dois postes verticais e debaixo de uma fita que os unia, ato chamado golo, e a equipe que marcava mais golos era a vencedora. Também foi criada uma regra de impedimento similar à atual.[19] Os documentos originais de 1848 se perderam, mas é conservada uma cópia das regras do ano 1856.[20]Entre 1857 e 1878 foi utilizado um conjunto de regras de futebol que também deixaria características ao futebol moderno: o Código Sheffield, também conhecido como as regras de Sheffield. O código, criado por Nathaniel Creswick e William Prest, adotou regras que ainda hoje são utilizadas, como o uso de um travessão (poste horizontal) de material rígido, no lugar da fita que se usava até o momento. Também foi adotada a utilização de tiros livres, escanteios e arremessos laterais como métodos de reintrodução da bola ao jogo.[21]
Embora estas unificações de futebol levaram a vários avanços para a criação do futebol moderno, 26 de outubro de 1863 é considerado por muitos como o dia do nascimento do futebol moderno. Nesse dia, Ebenezer Cobb Morley iniciou uma série de seis reuniões entre 12 clubes de distintas escolas londrinasna Taberna Freemason's, com o objetivo de criar um regulamento de futebol universal e definitivo, que tivesse a aceitação da maioria. Concluídas as reuniões, em 8 de dezembro, onze dos doze clubes chegaram a um consenso para estabelecer 14 regras do novo regulamento, o qual recebeu o nome deassociation football, para diferenciá-lo de outras formas de futebol da época. Somente o clubeBlackheath se negou a apoiar a criação destas regras, e acabou mais tarde se tornando um dos criadores de outro famoso desporto, o rúgbi.[22]
O regulamento utilizado como base para o futebol foi o Código de regras de Cambridge, exceto dois pontos do mesmo, que eram considerados de muita importância para as regras atuais: o uso das mãos para transportar a bola e o uso dos tackles (contato físico brusco para tomar a bola do rival) contra os adversários. Este foi o motivo do abandono do clube Blackheath. Com o tempo o futebol e o rúgbi foram se distanciando e acabaram por serem reconhecidos como dois desportos distintos.[23]
Junto da criação do novo conjunto de regras foi criada a Football Association, órgão que rege até hoje o futebol na Inglaterra. Nessa época, os estudantes das escolas inglesas desenvolveram as abreviaturas rugger e soccer (derivado de "association"), para designar a ambos desportos: o rúgbi e o futebol, respectivamente. Este último termo é majoritariamente utilizados para designar o futebol nos Estados Unidos.[24]
Primeiros eventos
Já com as regras do futebol bem definidas, começou-se a disputar os primeiros jogos e torneios com esta nova modalidade. Em 30 de novembro de 1872, Escócia e Inglaterra disputaram a primeira partida oficial entre seleções nacionais, jogo que acabou num empate sem golos. A partida foi disputada no Hamilton Crescent, atual campo de críquete, em Partick, Escócia.[25] Entre janeiro de março de 1884 foi disputada a primeira edição do British Home Championship, que até seu fim foi o torneio entre seleções mais antigo da história. O primeiro título foi ganho pela Escócia.[26]
Em 20 de julho de 1871, um jornal britânico propôs a criação de um torneio que fosse organizado pela Football Association, o primeiro passo para a criação da Copa da Inglaterra.[27] Nesse ano, a Football Association era composta por 30 equipes, mas somente 15 decidiram participar da primeira edição do torneio, a FA Cup 1871-1872, que foi ganha pelo Wanderers F.C.[28] A primeira competição de liga chegou na temporada 1888/1889 com a criação da Football League. Participaram 12 equipes afiliadas à FA, e cada uma jogou 22 partidas. Este torneio foi vencido pelo Preston North End Football Club, que conseguiu o feito de vencer invicto.[29]
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Fotos dos times de pernambuco
Os times de pernambuco
Clube Náutico capibaribe
Fundação: 07 de Abril de 1901
Endereço: Av. Conselheiro Rosa e Silva, 1086, Aflitos, Recife/PE. Cep: 52020-220
Telefone: (81) 423.8900
Estádio: Eládio de Barros Carvalho (Aflitos). Capacidade: 25.000
Mascote: Timbu
Apelido: Alvirrubro
Cores: Vermelho e branco
Principais Títulos: Estaduais: 1934, 1939, 1945, 1950, 1951, 1952/2001/2002 1954, 1960, 1963/64/65/66/67/68, 1974, 1984/85, 1989, 2001 e 2002 Regionais: Tricampeão da Copa Norte: 1965/66/67
Time-base: Marcelo Valença; Marcos, Erlon, Juliano e Rubens; Wilson, Luciano, Almir e Maurício (Márcio Griggio); Kuki e André Jacaré. Técnico: Givanildo Oliveira
Comentário As coincidências são muitas. No início da década de 50, o Náutico tinha a hegemonia do futebol pernambucano. Nos primeiros três anos a equipe alvirrubra foi a melhor e levantou o seu primeiro tricampeonato, que foi coroado com uma campanha brilhante e invicta ao derrotar o Sport, 2 x 0, na Ilha do Retiro, no dia 29 de março de 1953. Depois de 50 anos dessa inédita conquista, o Náutico inicia uma nova campanha em busca do segundo tricampeonato pernambucano. E, mais uma vez, os alvirrubros estão com a hegemonia do futebol pernambucano.
O Timbu do novo milênio é pragmático. O romantismo dos Anos Dourados não existe mais. O Náutico de 2003 está trabalhando com os pés no chão, dentro de uma realidade financeira rígida para chegar a mais um título estadual e manter-se na dianteira do nosso futebol. Em relação aos dois últimos anos, o clube investiu pouco e não trouxe nenhum jogador de peso. Esse ano, nada de apostar em medalhões como Sangaletti, Wallace ou Thiago Tubarão. Mas, não foi por falta de tentativa. Antes de rachar politicamente com a atual diretoria alvirrubra, a confraria Timbu de Ouro tentou trazer para os Aflitos o eterno ídolo Adriano e ainda tirar do Sport o meia Nildo. Mas, as negociações não avançaram.
Com o lema de estruturar profissionalmente o departamento de futebol, o presidente Eduardo Araújo trouxe do Santa Cruz o coronel Adelson Wanderley, que assumiu a função de diretor de futebol remunerado. Com um teto de folha já estourado - o objetivo era não ultrapassar os R$ 230 mil -, a diretoria alvirrubra contratou um time inteiro de jogadores.
Entre todos os reforços, o nome mais conhecido é do meia-armador Márcio Griggio, que atuava no São Caetano e foi vice-campeão da Libertadores da América, em 2002. Os outros novatos são: o goleiro Marcelo Valença (Remo); os laterais Marcos (Paysandu) e Joãozinho (Central); os zagueiros Juliano (Remo) e Humberto(Santa Cruz); o volante Wilson Surubim (Guarani), os meias Maurício (Nacional/Portugal) e Gaibu (Recife); além dos atacantes André Jacaré (Vianense/Portugal) e Jean Carlos (São Raimundo/AM).
Por outro lado, o alvirrubro de Rosa e Silva manteve jogadores importantes como o atacante Kuki, que continua sendo o referencial do time e o goleiro Gilberto. Além disso, a diretoria vai apostar na prata-da-casa, que já mostra bons frutos como o volante Luciano e o meia Almir. Na comissão técnica, a permanência de Givanildo Oliveira também foi outra medida acertada. Para trabalhar com ele, a diretoria timbu trouxe ainda o fiel escudeiro e preparador físico, Wellington Vero, que estava no Paysandu. Agora, é apostar no novo e barato Náutico na esperança de manter a alegria da torcida alvirrubra com a conquista do tricampeonato.
História O centenário Náutico é o mais antigo dos clubes pernambucanos. A equipe foi fundada como clube de remo, por isso chama-se Náutico. No primeiro ano do século os recifenses reuniram-se para comemorar a vitória dos legalistas sobre os rebeldes de Antônio Conselheiro. Entre as festividades, foi programada uma disputa náutica. Poucos meses depois os "atletas" decidiram fundar um clube para esportes náuticos, chamado a princípio de Recreio Fluvial.
Com o surgimento do futebol na capital pernambucana, o nome da agremiação mudou para Clube Náutico Capibaribe, onde havia modalidades aquáticas e terrestres. Os primeiros pebolistas começaram a jogar em 1906 e a equipe era completamente formada por ingleses. Em 1915 foi criada a Liga Esportiva Pernambucana, com a participação do Náutico. Mas o primeiro título dos alvirrubros só veio onze anos depois, em 1934. A segunda conquista aconteceu em 39. Na época, brilharam os incríveis irmãos Carvalheira.
No início dos anos 60 o Náutico sobrou em Pernambuco. A equipe foi hexacampeã sem adversários no Estado. O time era tão bom que os jogadores foram chamados de "Os Intocáveis". Até hoje nenhum outro time pernambucano conseguiu repetir a façanha dos alvirrbros, mantando a série de seis títulos seguidos. Não era para menos. Craques como Bita, Lala, Elói e Nado eram praticamente deuses da torcida. O Náutico chegou às semifinais da Copa Brasil em 67, derrotando o Santos de Pelé em plena Vila Belmiro. Os alvirrubros não só venceram como golearam o Peixe por 5 a 3. O Rei reconheceu a força do time dos Aflitos e declarou, recentemente, que, ao lado da academia palmeirense, o Náutico foi o melhor time que viu jogar.
Nos anos 70 o clube enfrentou várias dificuldades e conseguiu faturar apenas o campeonato estadual de 74. Na década de 80 o Náutico conseguiu, de novo, armar um bom time. Atuavam pelo alvirrubro Porto, Lupercínio, o volante Lourival e o artilheiro Baiano. Este último, aliás, é dono de uma marca histórica no Pernambucano, marcando 40 gols nos campeonatos de 83 e 84. Claro: com um artilheiro desses, o time só poderia ser bi-campeão. Em 89, com mais um artilheiro na equipe, o folclórico Bizu, o Náutico conquistou o estadual. Este foi o último título do clube em Pernambuco.
Em 93 o Náutico disputou a Primeira Divisão e foi rebaixado no mesmo ano. Em 98 o clube, de origem aristocrática, entrou em grave crise financeira e caiu para Série C. E o pior: não conseguiu subir para a Segunda Divisão no ano passado, esbarrando no São Raimundo de Manaus
Santa Cruz Futebol Clube
Fundação: 3 de fevereiro de 1914
Endereço: Av. Beberibe, 1285, Arruda, Recife/PE. Cep: 52120-000
Telefone: (81) 3443.4668 / 4662
Estádio: José do Rego Maciel (Arruda). Capacidade: 80.000
Mascote: Cobra coral
Apelido: Tricolor do Arruda
Cores: Vermelho, preto e branco
Pricipais Títulos: Estaduais: 1931/32/33, 1935, 1940, 1946/47, 1957, 1959, 1969/70/71/72/73, 1976, 1978/79, 1983, 1986/87, 1990, 1993, 1995
Time-base: Nílson; Ricardo; Mauro, Bebeto e Cléber; Chicão, Andrade, Élvis e Otacílio; Jaílson e Roberto Santos. Técnico: Péricles Chamusca
Comentário Depois de chegar na final por quatro vezes consecutivas e assistir o adversário dar a volta olímpica, além de ficar sete anos sem levantar um troféu, o Santa Cruz entra no Campeonato Pernambucano com fome de títulos. A responsabilidade de tirar o time da fila é de uma trupe de garotos que despontou no Brasileiro da Série B, outros que subiram dos juniores, além de alguns contratados. Foram sete atletas vindos de fora, sendo apenas dois deles com experiência: o meia Paulo César (de 30 anos) e o atacante Jacaré (de 31).
Dos três grandes candidatos ao título, os tricolores foram os que conseguiram manter um maior número de jogadores na equipe que terminou a temporada passada. Dos titulares, que estrearão neste domingo, apenas os ex-juniores Sidraílson, zagueiro, e Ricardo, lateral-direito, o volante Andrade e o meia Elvis não estiveram no grupo que disputou o Brasileiro. A vantagem de ter uma base intacta facilitou o trabalho do técnico Péricles Chamusca, que volta ao clube para completar o que iniciou em 96.
Naquele ano, ele comandou os tricolores no Pernambucano e foi campeão do primeiro turno, mas demitido no segundo sem muitas explicações convincentes. De volta ao Arruda, após girar por diversos clubes e ter sido vice-campeão da Copa do Brasil, com o Brasiliense, em 2002, Chamusca conhece bem o campeonato que vai disputar e não tem medo de afirmar: "Somos favoritos. Confio no trabalho que está sendo realizado por este grupo".
A confiança do treinador se baseia na boa safra que vem despontando no Arruda e, segundo ele, já com alguma experiência, apesar da pouca idade. "Acredito que a situação pela qual eles passaram nas semifinais da Série B serviu para calejar um pouco a garotada. Foi possível aprender bastante com a desclassificação", justificou.
Dos vindos de fora, apenas Andrade e Elvis começam o campeonato na equipe titular. Os dois mostraram qualidade técnica nos dois jogos-treino e no amistoso realizado na fase preparatória da competição. Outros dois devem entrar na briga por uma vaga a partir das próximas rodadas: o atacante Jacaré, que tenta entrar no mesmo ritmo físico dos demais, e Paulo César, contratado para ser aquele meia que sabe cadenciar o jogo nas horas certa e passar tranqüilidade ao grupo.
Mas o que continua chamando a atenção no Arruda é a personalidade com que os meninos dos juniores estão subindo para o profissional. O lateral Ricardo e o atacante Ciel entraram no time e jogaram um bolão. É apostando na qualidade e força da juventude que o Santa busca acabar com o jejum de sete anos.
História Nos primeiros anos da década de 10 alguns garotos se reuniam, todo final de tarde, para disputar peladas no pátio da Igreja de Santa Cruz, no centro do Recife. Em 1914 os jovens decidiram levar a brincadeira a sério e fundaram um time de futebol, que não poderia ter outro nome, se não Santa Cruz Futebol Clube. No início o time era alvinegro, mas como já havia outra equipe com estas cores no Estado, os dirigentes decidiram acrescentar o vermelho. O uniforme do time foi inspirado no do Flamengo do Rio (na época o clube carioca usava listras brancas para separar o vermelho e o negro), por isto os tricolores foram chamados de cobras corais.
Como foi fundado por representantes da classe média, o Santa Cruz sempre foi um clube popular, aceitando inclusive negros no time. Coisa rara na época. O clube entrou na Liga em 1917 e chegou às finais, mas perdeu para o Flamengo recifense. O primeiro título só veio em 1931, quando o time arrancou para o tri. Era a época do atacante Tará, um dos maiores ídolos do time. Habilidoso e dono de um chute forte, ele foi o grande comandante da equipe, que ainda levantou o título em 35.
Nos anos 40 a equipe levantou três títulos (40,46 e 47), antes de passar nove anos no jejum. Na década, seguinte com um time repleto de craques, como Aldemar, Lanzoninho, Zequinha e Marinho, o Santa foi campeão em 57 e de novo em 59. Mais uma vez o clube passaria nove anos esperando antes de comemorar. Em 69 os tricolores quebram o jejum e dão início ao pentacampeonato, maior série do clube até hoje. No Arruda brilharam estrelas como Fumanchu, Levir Culpi (zagueiro), Carlos Alberto e Ramón. Em 75 os tricolores fazem uma campanha brilhante no Brasileiro e chegam às seminifinais, perdendo a vaga para o Cruzeiro. No ano seguinte, aparece no time o centroavante Nunes e o Santa levanta o Pernambucano.
Entre os anos 80 os tricolores foram campeões apenas três vezes (83, 86 e 87), mas inauguraram o estádio do Arruda, um dos maiores estádios particulares do mundo e grande orgulho da torcida coral. Em 89, o Santa foi rebaixado para a segundona, onde passou onze longos anos. Mesmo assim a equipe ainda teve forças para sair vitoriosa em três estaduais (90, 93 e 95), impedindo a hegemonia total do arqui-rival Sport. No ano passado, o desacreditado time do Santa Cruz, "comendo pelas beiradas", terminou a Série B em 2º lugar e garantiu a vaga entre os melhores do Brasil.
Sport Club do Recife
Fundação: 13 de maio de 1905
Endereço: Praça da Bandeira, s/nº, Ilha do Retiro, Recife/PE. Cep: 50750-560
Telefone: (81) 3227.1213
Estádio: Ilha do Retiro. Capacidade: 50.000
Mascote: Leão
Apelido: Rubro-negro
Cores: Vermelho e preto
Principais Títulos: Estaduais: 1916/17, 1920, 1923/24/25, 1928, 1938, 1941/42/43, 1948/49, 1953, 1955/56, 1958, 1961/62, 1975, 1977, 1980/81/82, 1988, 1991/92, 1994, 1996/97/98/99 e 2000 Nacionais: Campeão Brasileiro: 1987 Campeão Brasileiro 2ª Divisão: 1990 Copa Nordeste: 1995 e 2000
Time-base: Bosco; Barão (Carlinhos), Marcão, Gaúcho e João Marcelo (Juninho Goiano); Éverton, Fernando César, Cléber e Nildo; Júnior Amorim e Valdir Papel. Técnico: Hélio dos Anjos
Comentário Há dois anos sem ganhar o título estadual, o Sport quer sair dessa já incipiente fila e evitar que o rival Náutico seja tricampeão. A principal aposta rubro-negra é em um trio de personagens que fazem parte de uma época de ouro no Sport, a segunda metade dos anos 90. O técnico Hélio dos Anjos, o goleiro Bosco e o meia Nildo sabem o que é ser campeões com a camisa rubro-negra e devem dar experiência a um time que, apesar de ter mantido uma base, ainda não se firmou.
Hélio estava no Paysandu, quando recebeu o convite para retornar à Ilha do Retiro. Abandonou o Papão e a possibilidade de disputar uma Libertadores da América e veio ao Recife, onde foi recebido com festa - ele deu início em 1996 ao processo de títulos que culminou no pentacampeonato, em 2000. "O Sport é grande, é um vitorioso. Temos de levá-lo de volta à primeira divisão", disse o treinador, logo na reapresentação dos jogadores, no início do ano.
Já o meia Nildo, quase foi roubado pelos alvirrubros, que fizeram-lhe uma tentadora proposta para tê-lo nos Aflitos. A notícia vazou e a diretoria rubro-negra correu atrás para não perder o jogador, que preferiu ficar por mais um ano na Ilha. Depois de passar mais de seis meses recuperando-se de uma cirurgia no joelho, será novamente o dono do meio-campo leonino.
O Sport manteve uma boa base vinda de 2002. Ficaram no clube o zagueiro Gaúcho, o lateral-direito Carlinhos, os volantes Fernando César e Éverton, os meias Nildo, Djalma e Cléber, o goleiro Maizena, além de promessas rubro-negras, como o meia Léo e os atacantes Rafael, Ricardinho e Fabinho, além do lateral-esquerdo Ademar.
O Sport também contratou. Além da voltas de Hélio e de Bosco, o time trouxe o lateral-esquerdo João Marcelo, o lateral-direito Barão, o zagueiro Marcão, o meia Flavinho (irmão de Fernando César), além dos atacantes Júnior Amorim e Valdir Papel. Hélio dosAnjos, porém, ainda quer mais: pelo menos a vinda de outro atacante e de mais um volante.
O time do Sport, como o próprio Hélio dos Anjos admite, não estará com 100% de sua capacidade física e técnica no jogo de estréia, mas não se pode deixar de dizer que o Leão treinou de forma intensa. A pré-temporada na cidade do Bonito, de quase dez dias, exigiu bastante do físico dos jogadores. Os treinos ficaram tão fortes que o lateral-direito Carlinhos não aguentou e acabou se contundindo. A comissão técnica leonina, porém, garante que a fortificação dos atletas é fundamental para competições longas como as que vem pela frente.
História No início do século vários jovens do Recife iam estudar na Inglaterra. Em 1903, Guilherme de Aquino Fonseca, um dos pernambucanos no Reino Unido, voltou da Inglaterra, trazendo na bagagem uma bola de futebol e a paixão com aquele novo esporte. Dois anos depois, à sombra de um sapotizeiro (ainda existente), Guilherme conseguia reunir os primeiros recifenses interessados em praticar foot-ball.
No dia 22 de junho os pernambucanos conseguiram fazer o primeiro jogo, contra a equipe do Eleven, um combinado de ingleses. A partida terminou empatada em 2 a 2. Onze anos mais tarde o time conquistaria o primeiro campeonato pernambucano, façanha repetida em 1917, com o bi . Na década seguinte o Sport vai até o Pará e vence os clubes locais, conquistando o troféu Leão do Norte. Por isso o símbolo do time passou a ser um Leão. De 23 a 25 o Sport conquista o primeiro tri-campeonato da história. Em 28 os rubro-negros faturam mais um troféu e entram na fila, passando 10 anos sem comemorar nada.
Nos anos 40, o Sport monta sua primeira boa equipe e vai até o Sul do País. O time volta da excursão vitorioso, depois de derrotar vários adversários, entre eles o Atlético Mineiro e o Vasco da Gama. Eram os tempos do artilheiro Ademir de Menezes, o Queixada, primeiro grande ídolo leonino. Em 41 o time arranca para seu segundo tri. Ainda nos anos 40, surge no time o jovem Vavá e o Sport fatura os títulos de 48 e 49. Em 1950 a Copa do Mundo acontece no Brasil e uma das partidas, Chile x EUA, é disputada na Ilha do Retiro.
Em 1955, exatamente quando completaria 50 anos, a diretoria rubro-negra estabelece como prioridade o título estadual. Para assegurar o campeonato, o técnico Gentil Cardoso vai treinar o rubro-negro e monta uma verdadeira seleção. Craques como o goleiro Manga estavam no elenco. O time não só foi campeão como bi, em 56. No início dos anos 60 chega na Ilha o meia uruguaio Raul Bettancourt. Extremamente habilidoso e dono de um chute potente, ele comandou o time na vitoriosa campanha do bi em 61 e 62. A partir daí o Sport entrou em declínio.
Enquanto os adversários Náutico e Santa Cruz conquistavam títulos o Sport contentava-se apena em chegar às finais. Foram sete vices seguidos.
Em 1975, quando os rivais já chamavam o Sport de Leão 13, o clube conquistou o estadual. Para garantir o título a diretoria montou uma equipe que ficou conhecida como Seleção do Nordeste. O maior astro era o irreverente Dadá Maravilha. Entre 80 e 82 mais um tri do Sport.
Em 1987, depois de empatar com o Guarani na decisão do Módulo Amarelo, o rubro-negro iria decidir o Brasileiro. Seriam jogos contra o Flamengo e o Inter-RS, campeão e vice do Módulo Verde, a Copa União. Tanto o Flamengo quanto o Inter-RS recusaram-se a disputar as partidas. Sport e Guarani decidiram então o Brasileiro de 87. No primeiro jogo em Campinas, empate em 1 a 1. Mas na final, na Ilha, deu Sport, por 1 a 0. A partir daí, aconteceu uma grande briga judicial entre Flamengo e Sport. O clube pernambucano acabou sendo o vencedor e proclamado legítimo Campeão Brasileiro, disputando a Libertadores em 88.
Na década de 90 só deu Sport. A equipe perdeu apenas três estaduais, e fez a maior série de sua história, o pentacampeonato entre 96 e 2000. Nos campeonatos brasileiros o time também fez grandes campanhas e revelou alguns dos maiores craques da nova geração, como o meia Juninho. Em 98, a equipe comandada pelo habilidoso Jackson terminou o nacional em sétimo lugar.
Central Sport Club
Fundação: 13 de Junho de 1919
Endereço: Av. Agamenon Magalhães, 425, Caruaru/PE. Cep: 55000-000
Telefone: (81) 3721.4556
Estádio: Luiz José de Lacerda (capacidade: 25.000)
Mascote: Patativa
Apelido: Alvinegro
Cores: Preto e branco
Principais títulos: Estaduais Campeão da Copa Governador Jarbas Vasconcelos 2002
Time-base: Pablo Lima; Ivan, Nílton, Romero e Jacaré; Sivaldo, Reginaldo, Catende e Renatinho; Marquinhos e Agnaldo. Técnico: Argeu dos Santos
Comentário
Quarto colocado no último Campeonato Pernambucano, o Central quer, nesta edição, pelo menos manter esse lugar e o status de melhor time do interior no Estadual. A tarefa, no entanto, não será fácil. Quebrado financeiramente, o time ainda está recolhendo os cacos gerados no segundo semestre de 2002, quando ficou seis meses parado - a equipe caruaruense abriu mão de disputar a Terceira Divisão do Brasileiro, por falta de condições financeiras.
O principal problema é em relação ao estádio do clube, o Luiz Lacerda. O gramado do Lacerdão está em condições sofríveis, por culpa da crônica falta de água em Caruaru - chegou-se ao ponto de os jogadores não estarem treinando no campo por não poderem tomar banho depois. O clube também teve de realizar alguns reparos, exigidos pela vistoria da Federação Pernambucana de Futebol: colocou mais extintores no estádio, aumentou o número de placas sinalizadoras e ainda teve de retirar uma grade de arame farpado, que, de acordo com o Corpo de Bombeiros, poderia provocar acidentes.
Não se pode dizer que o Central ficou aquém dos clubes grandes em relação ao volume de contratações - doze jogadores vieram para a atual temporada. A mais importante foi a do técnico carioca Argeu dos Santos, ex-zagueiro. Surgido nas divisões de base do Vasco, Argeu já defendeu as cores do Central, na década de 80. Ele estava treinando o Quixadá, modesto time da primeira divisão cearense.
As contratações foram feitas, segundo o supervisor de futebol do clube, dentro da realidade do futebol do Interior. Apesar de ter trazido um time inteiro para o Pernambucano, a folha salarial do grupo não ultrapassa R$ 40 mil. Mesmo assim, o time ainda encontra dificuldades para acertar os débitos com os jogadores. Este mês, por exemplo, o grupo chegou a ensaiar uma greve, enquanto não foi atendido por membros da diretoria do Central. Eles queriam pelo menos uma promessa de quando iriam receber seus salários. O time realizou dois amistosos neste mês, vencendo ambos: 6 x 0 sobre o Internacional de Bezerros, e 4 x 0 em cima do Estrela, time do Brejo.
História Maior clube do interior pernambucano, o Central foi criado exatamente às 13h do dia 15/06/1919, na Sociedade Musical Comercial Caruaruense. Em meados dos anos 20, o então presidente Pedro Victor Albuquerque doou um terreno ao clube, no local foi construído o estádio, que hoje leva o nome de Pedro Victor.
Até os anos 30 o time só disputava ligas regionais, mesmo assim revelou grandes jogadores como Machadinho, Zuza, Teonilo, Pedro, Rochura, Joaquim, Alemão e Tutu. Em 1936 o Vasco da Gama, que na época contava com o lendário Ademir da Guia, foi a capital do Agreste para um amistoso. O time cruzmaltino suou para conseguir vencer a patativa por 1 a 0. Os centralinos ainda conseguiram empatar, través de Tutu, mas o árbitro anulou o gol.
Um ano mais tarde, o Central finalmente era incluído entre os grandes do futebol pernambucano e começou a disputar o campeonato estadual. Em 1937, pela primeira vez o Central foi disputar o Campeonato Pernambucano. O sonho durou pouco, pois no mesmo ano a diretoria ficou irritada com as arbitragens e retirou a equipe do torneio. O Central filiou-se à Liga Esportiva Caruaruense e conseguiu faturar os títulos de 1942, 1945, 1948, 1951/52, 1954, 1958. Em 1951, a Patativa conseguiu um feito histórico, vencendo o Jocaru por 23 a 0, o meia Milton foi o artilheiro do jogo com 11 gols.
O alvinegro do Agreste só voltou a disputar o campeonato Pernambuco da primeira divisão em 1960, depois de muito esforço do então presidente da Liga Desportiva Caruarense, Gercino Pereira Tabosa e do presidente da FPF, Rubem Moreira da Silva. Rapidamente o time se transformou na terceira força do futebol pernambucano. Nos anos 70 e 80 o Central passou a disputar o Campeonato Brasileiro, levando grandes equipes ao Pedro Victor. Em 1986 o maior recorde de público da história de Caruaru, 24.450 pessoas foram assistir ao jogo entre o time da casa e o Flamengo.
Nos últimos anos o time não vem obtendo bons resultados no estadual. O central chegou até a cair para a segunda divisão do Pernambucano, em 1999, mas voltou à elite no ano seguinte. A patativa também perdeu espaços para o ex-rival local, o Porto. Com a saída do Porto de Caruaru o time volta a ser o único representante da cidade no campeonato.
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